‘’Como tornar Salvador uma cidade antirracista?’’ será a questão central da primeira ação do Observatório do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), que acontecerá neste sábado, 6, a partir das 16h, na sede do Ilê Ayê, localizado no bairro da Liberdade. O evento, que conta com o apoio da 1ª Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo, visa discutir como o planejamento urbano do Município pode ajudar a diminuir as desigualdades raciais.
O diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Fábio Velame, destacou que os Planos Diretores de Salvador sempre foram negligentes nas análises e estudos da realidade da população negra. A partir disso, o Observatório produziu, com apoio da 1ª Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo e lideranças negras locais, um documento com propostas a serem incorporadas na revisão do PDDU, iniciada em 2025. O registro produzido pelo grupo guiará a discussão na Senzala do Barro Preto, com o objetivo de incorporar as demandas que surjam entre os participantes.
Como exemplo destas medidas possíveis para Salvador, o grupo propõe a construção de espaços de memórias nos antigos e atuais quilombos; criação de museu que reflita criticamente o terror da escravidão e os seus impactos. Também foram apontados o mapeamento e formas de proteção dos terreiros locais de produção cultural afro e a priorização dos investimentos nos bairros negros e periféricos.
*Estagiária sob supervisão de George Brito (DRT-BA 2927)




