Papa denuncia exílio forçado dos civis de Gaza; ataques matam mais 31

Foto: © Reuters/Mario Tomassetti/Proibida reprodução

 O Papa Leão XIV se manifestou neste domingo (21) contra o deslocamento forçado de civis de Gaza, quando Israel intensificou sua campanha de demolição militar na principal cidade do enclave palestino.

“Juntamente com os pastores das igrejas da Terra Santa, repito que não há futuro baseado na violência, no exílio forçado e na vingança”, disse durante sua oração semanal do Angelus.

A Terra Santa abrange partes do atual Estado de Israel, os territórios palestinos ocupados, a Jordânia e o Egito, que são sagrados para o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.

“Os povos precisam de paz. Aqueles que realmente os amam trabalham pela paz”, acrescentou o primeiro papa dos Estados Unidos.

As forças israelenses explodiram mais prédios residenciais na Cidade de Gaza neste domingo, matando pelo menos 31 palestinos e fazendo com que muitos outros fugissem, disseram autoridades de saúde de Gaza, enquanto os tanques de Israel avançavam ainda mais na cidade densamente povoada.

Após quase dois anos de guerra, Israel descreve a Cidade de Gaza como o último bastião do Hamas, e os militares têm demolido blocos de moradias que, segundo eles, estavam sendo usados pelo grupo militante desde o lançamento de seu ataque terrestre na cidade neste mês.

Uma mulher grávida e seus dois filhos estavam entre os mortos no domingo, segundo os médicos. Os militares israelenses não comentaram imediatamente sobre as mortes, emitindo uma declaração dizendo que suas forças haviam matado “inúmeros” militantes.

Parentes vasculharam os escombros de um dos prédios de apartamentos que foi atingido na Cidade de Gaza, tentando salvar seus pertences.

“A mãe, o menino, a menina e o bebê em seu ventre ─ encontramos todos eles mortos”, disse Mosallam Al-Hadad, sogro da mulher morta, dizendo que seu filho havia sido gravemente ferido no ataque.

“Ele estava em estado crítico. Nós o levamos ao hospital, e sua perna foi amputada”, disse Hadad à Reuters.

*é proibida a reprodução deste conteúdo.

*Com reportagem de Nidal al-Mughrabi.

Fonte: Agência Brasil

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