
A metodologia e resultados do ‘Terra Protegida’ foram apresentados pela equipe do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (Ceama)
O projeto ‘Terra Protegida’, do Ministério Público da Bahia (MPBA), foi apresentado na quarta-feira, dia 17, no Congresso de Governança e Políticas Públicas – Geopública 2025, realizado no auditório do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), em Salvador. Recentemente premiada pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) em 2025, a iniciativa foi evidenciada no evento como exemplo de atuação inovadora no enfrentamento ao desmatamento ilegal e às mudanças climáticas, integrando inteligência artificial, automação de processos e geotecnologias às ações ministeriais.
A apresentação foi realizada pela coordenadora técnica do projeto, assessora técnica pericial do Ceama Rousyana Gomes de Araujo. Ele apresentou os resultados e metodologias empregadas pelo Centro Integrado de Geoinformação (Cigeo) do Ceama, para produzir as provas técnicas que fortalecem a proteção dos biomas baianos, ampliando o impacto das ações institucionais. Desde seu lançamento no final de 2024, foi garantida, via assinatura de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), a criação de mais de 50 Reservas Particulares de Proteção Natural (RPPN), em total de quase 965 hectares de áreas protegidas, o que equivale a 840 campos de futebol. Os acordos resultaram ainda na arrecadação de R$ 600 mil em indenizações em razão dos desmatamentos irregulares.
Para o coordenador do Ceama, promotor de Justiça Augusto César Matos, a participação do ‘Terra Protegida’ no Geopública evidencia a importância do setor público, especialmente o MPBA, utilizar as geotecnologias e dados geoespaciais para aprimorar sua atuação e garantir uma defesa ágil e eficiente do meio ambiente, além de apontar para a consolidação do projeto como referência nacional no combate ao desmatamento e às mudanças climáticas. “O destaque no Geopública 2025 reafirma o protagonismo do MPBA e a relevância do ‘Terra Protegida’ como modelo replicável para outros Ministérios Públicos do Brasil, ampliando o alcance de práticas sustentáveis e de impacto efetivo na preservação ambiental”, disse.
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