Protestos se espalham por universidades do Irã; governo propõe diálogo

Foto: © Reuters/Majid Asgaripour/Proibida reprodução

Os protestos contra o aumento do custo de vida no Irã se espalharam por várias universidades nesta terça-feira (30), com estudantes se juntando a lojistas e comerciantes, informou a mídia semioficial, enquanto o governo oferecia diálogo com os manifestantes.

A moeda rial do Irã perdeu quase metade de seu valor em relação ao dólar em 2025, com a inflação chegando a 42,5% em dezembro, em um país onde os distúrbios se manifestaram repetidamente nos últimos anos e que enfrenta sanções dos Estados Unidos e ameaças de ataques israelenses.

O presidente Masoud Pezeshkian disse em uma postagem na rede social na noite de segunda-feira (29) que havia pedido ao Ministério do Interior para ouvir as “demandas legítimas” dos manifestantes. A porta-voz do governo, Fatemeh Mohajerani, afirmou que um mecanismo de diálogo seria criado e incluiria conversas com os líderes dos protestos.

“Reconhecemos oficialmente os protestos… Ouvimos suas vozes e sabemos que isso se origina da pressão natural decorrente da pressão sobre os meios de subsistência das pessoas”, disse ela na terça-feira em comentários veiculados pela mídia estatal.

Autoridades iranianas reprimiram surtos anteriores de agitação que ocorreram sobre questões que vão desde a economia até seca, direitos das mulheres e liberdades políticas, com ações violentas de segurança e prisões generalizadas.

O governo não informou qual será a forma de diálogo com os líderes das manifestações desta semana, os primeiros grandes protestos desde os ataques israelenses e norte-americanos ao Irã em junho, que provocaram expressões generalizadas de solidariedade patriótica.

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Fonte: Agência Brasil

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