Saúde promove mobilização e serviços gratuitos no Dia Mundial do Diabetes

Aos 77 anos, Esther Maria de Santana convive com a diabetes há três décadas. Nesse período, precisou amputar uma perna após complicações vasculares. Além da diabetes, é hipertensa e utiliza marca-passo. Apesar das dificuldades, ela conta que procura manter uma rotina ativa dentro das suas possibilidades. “Graças a Deus, hoje estou aqui. Vou para o lugar que eu quero, e nada me empata”, relata.

Na manhã desta sexta-feira (14), Esther saiu de sua residência, no bairro Lagoa Grande, para participar das atividades alusivas ao Dia Mundial do Diabetes, promovidas pelo Centro Municipal do Diabético e Hipertenso (Cadh), no Ginásio de Esportes Joselito Amorim. O evento ofertou uma série de serviços de saúde e bem-estar e contou com a presença do secretário municipal de Saúde, Rodrigo Matos.

Esther destacou que se esforça para manter hábitos saudáveis no controle da doença. “Uso adoçante, farinha de maracujá, chia… uso um bocado dessas coisas para manter a alimentação mais saudável e natural”, disse, reforçando que segue as orientações médicas para garantir melhor qualidade de vida. “Antes de vir pra cá, aferi a glicemia para checar se estava tudo bem”.

O secretário de Saúde, Rodrigo Matos, ressaltou o caráter educativo e preventivo da iniciativa. “O diabetes é uma doença que, se não controlada, gera diversas sequelas. Provoca lesões no rim, no olho, no nervo, no coração e nos vasos. É uma doença sistêmica”, afirmou. O gestor, que também é médico, reforçou que o investimento em prevenção e tratamento adequado é decisivo para mudar o cenário da saúde.

“Atividade física regular e uma boa alimentação transformam a qualidade de vida e reduzem as chances de desenvolver doenças crônicas.” Rodrigo Matos destacou ainda que os cuidados não devem ocorrer apenas em datas específicas. “Esses recortes, como o Novembro Azul, ajudam na reflexão, mas a saúde exige cuidado contínuo”, reconhece.

GAMA DE SERVIÇOS

O evento contou com uma ampla oferta de atendimentos à população. Foram realizados triagem, atendimento clínico, consultas com psicólogos e profissionais do serviço social, além de orientações nutricionais e ações voltadas à saúde do homem. O público teve acesso ainda a vacinas contra hepatite, tétano, influenza, COVID-19 e tríplice viral, além de orientações sobre saúde bucal e cuidados com o pé diabético. A programação incluiu também atividades de bem-estar, como massoterapia, corte de cabelo e maquiagem.

A coordenadora do Cadh, Andréia Silva, destacou que o tema escolhido pela Federação Internacional do Diabetes para este ano — “Diabetes e bem-estar” — reforça desafios importantes enfrentados pela população diabética. “O paciente com diabetes ainda enfrenta muito estigma. Muitos não informam no trabalho que têm a doença por vergonha de usar a insulina ou medo do preconceito ao precisar parar para se alimentar ou verificar a glicemia”, explicou.

A aposentada Terezinha de Alencar, de 70 anos, também participou da ação e aprovou a iniciativa. Moradora do Parque Ipê, ela acompanhou o irmão, que é diabético, e aproveitou para receber atendimentos. “Eu trouxe meu irmão para ser atendido e aproveitei também para participar”, contou.

A iniciativa teve o apoio de importantes parceiros, entre eles a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), a UNEF e a Nestlé, que contribuíram para ampliar o alcance e a qualidade dos serviços ofertados.

Fonte: Prefeitura de Feira de Santana

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