A formação é voltado para os trabalhadores dos serviços de acolhimento para crianças e adolescentes
A Prefeitura de Vitória da Conquista, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes), iniciou nesta segunda-feira (15) um processo formativo voltado para os trabalhadores dos serviços de acolhimento para crianças e adolescentes do município, dando continuidade ao processo de formação continuada dos profissionais que atuam na área da Assistência Social. A iniciativa, que acontece no Centro de Convivência do Idoso (CCI) até esta terça-feira (16), é fruto da parceria com a Paulus Social, entidade beneficente de assistência social e educação que tem atuado junto à Prefeitura desde março de 2025.
A formação é parte de um ciclo que seguirá até novembro deste ano, contemplando os gestores, equipes técnicas e educadores da Unidade Municipal de Acolhimento para Crianças e Adolescentes, da Unidade Municipal de Acolhimento Acolhendo e Cuidando e do Serviço de Acolhimento Familiar em Família Acolhedora. Nesta primeira etapa, serão promovidas quatro oficinas interativas presenciais, totalizando uma carga horária de 32 horas. As atividades envolvem exposição dialogada, exibição de vídeos e filmes, leituras dirigidas, uso de slides e instrumentais diversos, promovendo um ambiente dinâmico de aprendizagem.
-
- Michael Farias
-
- Dayse Cesar
De acordo com o secretário da Semdes, Michael Farias, a ação reforça o compromisso da gestão com a qualificação dos trabalhadores e com a melhoria contínua do atendimento às crianças acolhidas. “O objetivo dessas oficinas é que quem já está atuando possa aprimorar o conhecimento, e quem está começando adquira uma base sólida para atuar no serviço de acolhimento na modalidade institucional. A gente tem clareza de que a educação permanente é uma fragilidade nacional. Mas, em Vitória da Conquista, nós temos orgulho de dizer que somos um ponto fora da curva, investindo constantemente na qualificação dos trabalhadores. Isso fortalece o atendimento e expressa nosso compromisso com as crianças da cidade. Nossa meta é seguir sendo referência na Bahia e no Brasil na proteção de crianças e adolescentes”, destacou o secretário.
O ciclo formativo será conduzido pela consultora da Paulus Social e membro do Conselho gestor da Associação de Pesquisadores e Formadores da Área da Criança e do Adolescente (Neca), Dayse Cesar Franco Bernardi. Para ela, é essencial que os profissionais da Rede de Proteção Social estejam preparados para lidar com os desafios contemporâneos específicos do acolhimento institucional. “Nós vamos fazer um trabalho com eles a partir das vivências deles. Eles vão desenhar qual é o serviço de acolhimento que eles desejam ter, avaliando as dificuldades, as ameaças, mas também as potencialidades, as fortalezas e as oportunidades. No final, a gente espera como resultado que eles conheçam os sintomas de situações de violência, que saibam lidar com os diferentes perfis de crianças e adolescentes acolhidos, e que saibam que o serviço de acolhimento precisa estar conectado com a rede de proteção do município”, explicou a formadora.
-
- Manoela Soares
-
- Gabriel Correia
Recém nomeado no concurso público, Gabriel Correia Borges irá atuar como técnico de referência no Serviço de Acolhimento Institucional Acolhendo e Cuidando. Para ele, a formação irá contribuir para sua inserção na área da assistência social. “Eu nunca trabalhei antes na assistência social, então é uma novidade. Eu acho que é extremamente importante esse momento, justamente, para ter esse preparo. Não é um trabalho fácil, porque tem muitas particularidades. A gente tem que ter um trato diferente para não revitimizar essas crianças e esses adolescentes que estão num momento muito difícil da vida deles. É importante justamente para a gente já ter uma base de como atuar nos serviços”, avaliou o técnico.
Já Manoela Soares, técnica de referência da Unidade Municipal de Acolhimento, destacou a relevância da formação para quem já atua na rede. “O processo de capacitação e educação permanente é muito importante para todas as equipes de trabalho. Com isso, a gente adquire ainda mais conhecimento a respeito da valorização dos direitos, da convivência, da questão do acolhimento em si e das situações relacionais, devido às vulnerabilidades que eles acabam vivendo, principalmente com o nosso público de crianças e adolescentes. Então, para a gente, é muito importante participar de processos como esses, vai agregar bastante na nossa lida diária”, afirmou a técnica.
