
Profissionais de biomedicina estão reivindicando das autoridades municipais a inclusão de cargo na área de biomedicina, no quadro de servidores da Prefeitura de Feira de Santana. A proposta foi feita hoje (23), na Tribuna Livre da Câmara, por Diogo José Souza Santos, representante do Sindicato dos Trabalhadores de Biomedicina do Estado da Bahia (Sinbiomed). Ele sugere que a medida seja adotada por meio de uma alteração na Lei Complementar 01/1994, que dispõe sobre o estatuto, previdência e sistema de carreira dos servidores municipais.
Ele pediu aos vereadores que avaliem a possibilidade de propor ao Executivo um projeto visando a criação do cargo de biomédico, “a fim de que seja reconhecido o trabalho deles, pois estes colegas estão trabalhando de forma terceirizada no município”. Diogo afirmou que há diversos exemplos de como estes profissionais “vem ajudando Feira, a Bahia e o Brasil, com uma atuação em favor da saúde”. Biomédico há 13 anos e com contribuição na história de 46 anos da criação da profissão de biomedicina, ele citou diversos serviços onde os profissionais estão presentes no dia a dia da população. “Porque, eles não podem fazer parte dos servidores estatutários e do quadro funcional do Município?”, indagou.
Quem usa laboratório de análises clínicas deve saber que os resultados contam com laudos produzidos por eles, completou o representante do Sinbiomed. Da mesma forma, ele observou, para operar aparelhos de ressonância magnética, necessita-se do trabalho dos profissionais. Testes relacionados a bolsas de sangue (antes de serem doadas) e realização de procedimentos estéticos, provavelmente serão tarefas conduzidas e desempenhadas por biomédico ou biomédica, conforme destacou o dirigente.
Em Feira, ele registrou, profissionais trabalham nas UPAS e também na Vigilância Sanitária. Entre nomes de expressão nacional e internacional que demonstram o quanto a biomedicina tem sido importante, lembrou ele, estão os biomédicos Jaqueline Góes e Henrique Dias. A primeira, chegou a receber a Comenda Maria Quitéria da Câmara de Salvador e várias premiações ao redor do mundo, por ter sido a responsável em mapear uma variante da Covid 19 (no Brasil). Inclusive, participou de outros estudos com pesquisadores de Oxford (EUA). Já Henrique, atualmente está na Holanda fazendo pesquisas voltadas à cura do câncer.
Ano passado, pontuou Diogo, o edital 01/2024 do concurso da Prefeitura de Feira, que abriu uma vaga para farmacêutico bioquímico atuar em laboratório de análises clínicas, acabou necessitando de uma ação civil pública, impetrada pelo Conselho Regional de Biomedicina, para garantir espaço também para o profissional biomédico. Na graduação em biomedicina, análise clínica é uma habilitação básica para os formandos. Já no caso do farmacêutico bioquímico, precisa fazer uma especialização para atuar em laboratório, em razão de mudanças ocorridas em 2002.
“Ou seja, o farmacêutico tem que fazer uma pós-graduação, enquanto a gente já sai com esta habilitação”, disse ele. “Por isso, peço que se sensibilizem, no intuito da Prefeitura criar o cargo de biomédico, reconhecendo todos os colegas que já desempenham este trabalho há muito tempo aqui, em Feira”, reivindicou o representante do Sindicato dos Trabalhadores de Biomedicina.
Fonte: Câmara de Feira de Santana




