
No Dia Internacional dos Direitos Humanos, celebrado nesta quarta-feira (10), a Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado (SPM) lançou a 3ª edição do Selo Lilás, em Camaçari. A atividade aconteceu, em parceria com a prefeitura, juntamente com a assinatura do Pacto pelo Enfrentamento ao Tráfico de Mulheres e ao Trabalho Escravo, marcando mais um passo no fortalecimento das políticas de proteção e promoção dos direitos das mulheres no município.
Durante o encontro, a secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Neusa Cadore, ressaltou o papel das empresas e a importância de reconhecer a presença feminina em setores estratégicos. “O Selo Lilás chama empresários e empresárias a enxergarem as mulheres em sua total capacidade. As mulheres estão se qualificando cada vez mais e ocupando novos espaços. Precisamos romper com a lógica que destina às mulheres apenas o trabalho doméstico e de cuidado. As empresas que reconhecem esse valor mostram que é possível inovar nas práticas de equidade”, destacou.
Neusa citou ainda exemplos de boas práticas certificadas em edições anteriores e reforçou o convite para que empresas e instituições de Camaçari participem da certificação.
Representando o setor empresarial, o empreendedor Diego Lopes anunciou a vontade de aderir ao Selo Lilás. “Nossa empresa é formada por quatro mulheres e atua em parceria com escolas que também têm gestoras mulheres. Iniciativas como o Selo Lilás dão visibilidade e abrem caminhos para que mais mulheres ocupem espaços e cresçam profissionalmente”, pontuou.
A secretária da Mulher de Camaçari, Branca Patrícia, destacou a importância da iniciativa para o desenvolvimento local. “O Selo Lilás melhora a visão das empresas, incentiva mulheres em cargos de liderança e amplia oportunidades no mercado de trabalho. Estamos comprometidas em fazer de Camaçari uma cidade acolhedora, protetora e promotora da emancipação feminina”, declarou.
Enfrentamento ao Tráfico de Mulheres e ao Trabalho Escravo
Durante o evento, o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, assinou o Pacto pelo Enfrentamento ao Tráfico de Mulheres e ao Trabalho Escravo e reforçou a importância da mobilização social no enfrentamento à violência de gênero.
“Hoje celebramos mais um avanço no enfrentamento à violência contra as mulheres. Todos nós estamos convocados a participar desse movimento. A violência tem crescido e precisamos enfrentá-la em cada canto do nosso município, trabalhando junto com nosso povo. A assinatura deste pacto reforça nosso compromisso com a proteção e a defesa dos direitos das mulheres”, afirmou.
A coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (NETP/SJDH), Hildete Emanuele Nogueira, chamou atenção para o crime de tráfico humano e a importância das parcerias para erradicação do tráfico de pessoas. “Neste Dia Internacional dos Direitos Humanos, lembrar o tráfico de pessoas é essencial. Trata-se de uma grave violação, que atinge principalmente mulheres. O pacto firmado hoje representa um passo importante para erradicar o tráfico de mulheres em nossa região”, disse.
Nacionalmente, o tráfico de pessoas se manifesta majoritariamente na forma de exploração do trabalho em condições análogas à escravidão e na exploração sexual de mulheres e crianças. Dados da Inspeção do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que 1.970 pessoas foram identificadas como vítimas de trabalho análogo à escravidão em 2022, em casos relacionados ao tráfico de pessoas.
Para denunciar casos de trabalho análogo à escravidão pode acessar o Sistema Ipê (anônimo e seguro): https://ipe.sit.trabalho.gov.br ou o Disque 100, com atendimento 24h, gratuito e sigiloso. Em caso de violência contra a mulher, Ligue 180.




