

Foto: © Agência Reuters/Direitos Reservados
O forte tremor que atingiu o norte do Japão na noite dessa segunda-feira (8), quando foram registradas ondas de tsunami de 70 centímetros, deixou pelo menos 30 feridos, informou hoje a primeira-ministra, Sanae Takaichi.
A agência meteorológica japonesa (JMA) alertou a população que o terremoto – de magnitude 7,5 na escala Richter, inicialmente estimado em 7,6 – que ocorreu no mar ao largo da região norte de Aomori, às 23h15 locais, pode ser seguido por outros tremores nos próximos dias.
“Ouçam as informações da JMA e das autoridades locais durante toda a semana, verifiquem se os seus móveis estão bem fixados e estejam prontos para a retirada se sentirem um tremor”, disse Takaichi.
Entre os feridos há um que foi gravemente atingido na ilha de Hokkaido, a mais setentrional do arquipélago, de acordo com a Agência Japonesa de Gestão de Incêndios e Catástrofes, que recomendou a retirada de 28 mil pessoas.
Imagens ao vivo mostram fragmentos de vidro partido espalhados pelas estradas ou objetos no chão das lojas.
Cerca de 2.700 residências ficaram sem eletricidade em Aomori, entre elas cerca de 30 continuavam sem energia nesta manhã, quando o inverno começa.
A JMA emitiu inicialmente um alerta de tsunami, mencionando ondas que poderiam atingir três metros e pedindo a milhares de habitantes da região mais próxima do epicentro que se abrigassem.
A circulação dos trens de alta velocidade Shinkansen foi suspensa em algumas áreas, enquanto é verificado o estado das vias.
A companhia Tohoku Electric Power informou que não foram detectados danos nas duas centrais nucleares mais próximas do epicentro, a de Higashidori, em Aomori, e a de Onagawa, na região de Miyagi.
A região ainda vive as consequências do terremoto de magnitude 9, em março de 2011, que provocou um tsunami, deixando cerca de 18.500 mortos ou desaparecidos.
A catástrofe também provocou a fusão de três dos reatores da Central Nuclear de Fukushima, o pior desastre desse tipo desde a catástrofe de Chernobyl, em abril de 1986.
O Japão está localizado na junção de quatro placas tectônicas, no “Anel de Fogo” do Pacífico. O país apresenta uma das maiores atividades sísmicas do mundo.
O arquipélago, de 125 milhões de habitantes, regista cerca de 1.500 terremotos por ano. A maioria é fraca, embora os danos possam variar de acordo com a localização e profundidade de cada um.
Em janeiro, um grupo de especialistas governamentais aumentou ligeiramente a probabilidade de um grande tremor na fossa de Nankai, ao largo do Japão, nos próximos 30 anos, elevando-a para a faixa entre 75% e 82%.
O governo do Japão publicou nova estimativa em março, indicando que um “megaterremoto” e o tsunami que pode se seguir podem causar até 298 mil mortes e danos que podem atingir US$ 2 bilhões.
Fonte: Agência Brasil



