Trabalho de Mãe Carmen serviu de inspiração para o projeto Agô Bahia

A morte de Mãe Carmen, ialorixá que há mais de 20 anos comandava o Ilé Ìyá Omi Àṣẹ Ìyámase (Terreiro do Gantois), no bairro da Federação, em Salvador, na madrugada desta sexta-feira (26), foi lamentada pela Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA). Iniciada no  candomblé aos sete anos de idade, a líder religiosa completaria 99 anos, na próxima segunda-feira(29).

O trabalho da ialorixá, com destaque para acessibilidade às referências da religiosidade de matriz africana, combate à intolerância e ações sociais, serviu de inspiração para o projeto Agô Bahia, desenvolvido pela Setur-BA. Ele atua na valorização das tradições dos terreiros e promoção do afroturismo baiano, além da estruturação de roteiros do segmento e obras de melhorias em templos sagrados, entre eles, o do Gantois.

“Tivemos aconselhamentos de Mãe Carmen, com toda a sua sabedoria, na elaboração do Agô Bahia, em uma parceria que dignifica o projeto. Agora, o legado dela servirá de inspiração para novas ações que iremos desenvolver, pelo fortalecimento das religiões de matriz africana e incremento do afroturismo. A ialorixá entra para a galeria sagrada das matriarcas do candomblé”,  declarou o titular da Setur-BA, Maurício Bacelar.

Carmen Oliveira da Silva, conhecida como Mãe Carmen de Oxaguian, era a filha mais nova de Maria Escolástica da Conceição Nazaré, a Mãe Menininha, que também foi ialorixá do Terreiro do Gantois, um dos mais famosos do Brasil. O casa religiosa é uma das atrações de Salvador, que todos os anos recebe a visita de muitos turistas nacionais e estrangeiros.

#BAHIA

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