
Uma informação obtida pelo vereador Lulinha da Gente (União), de que a concessionária Via Bahia mudou de nome para continuar operando na gestão de rodovias, no Estado, está deixando a população, segundo ele, em situação de alerta. Ao abordar o assunto durante a sessão da Câmara desta quinta (25), o parlamentar disse que a questão veio a público através de apuração, divulgada por um vereador soteropolitano, a respeito de um possível retorno da atuação da empresa em rodovias federais na Bahia. O fato gerou “grande preocupação”, uma vez que a licitação para escolha da nova concessionária para as BRs 116 e 324 deve ocorrer no final deste ano.
Com a alteração do nome para Concrode Concessionária de Rodovias, a empresa conservou o mesmo número de CNPJ, mas estaria querendo voltar a comandar as rodovias pertencentes ao Governo Federal, conforme comentou Lulinha. “Eu acho um absurdo e lamentável que a concessionária esteja tentando enganar os baianos para retornar à cena do crime”, criticou o vereador, assinalando que há temor de que ao conseguir participar do processo licitatório, a Via Bahia reassuma o comando das vias. “O governo já está fazendo toda a recuperação dos estragos deixados. Não se pode admitir que depois disso tudo, esta empresa volte para esculhambar tudo do jeito que deixou e ainda levar milhões para abandonar a concessão”, disse.
Expressando concordância com as preocupações do colega de Legislativo, Professor Ivamberg (PT) ponderou que nada impede juridicamente a empresa mudar seu nome de fantasia. “O que tem que se ficar de olho, de fato, é quanto a possibilidade da empresa entrar no processo licitatório como uma das concorrentes. Não é mudando de roupa que vai modificar o proceder. Temos que cobrar mesmo, porque somos nós que passamos todos os dias nestas BRs”, pontuou.
No entanto, o parlamentar acredita que se o CNPJ continua igual, o próprio sistema utilizado para a licitação deve detectar que se trata da concessionária cujo contrato precisou ser encerrado pela União mediante pagamento de uma multa rescisória. “Realmente precisamos ficar atentos, porque sabemos dos péssimos serviços que foram prestados ao povo de Feira, Salvador e outros municípios que usam estas rodovias, consideradas entre as mais movimentadas do Brasil”, afirmou Ivamberg.
Foto: Andrea Trindade/Acorda Cidade
Fonte: Câmara de Feira de Santana