Médico e professor de Química, Waldy da Silva Pitombo participou, de forma efetiva, do processo de desenvolvimento da Cidade Princesa, nas suas áreas de atuação profissional, destacando-se, igualmente, como pecuarista e empreendedor no segmento do comércio. Apoiou também o esporte como médico do Fluminense de Feira, campeão baiano de 1963.
Assim como os irmãos Dival e Arlindo, Waldy Pitombo foi uma figura de relevância na sociedade de Feira de Santana, com destacada atuação no segmento da saúde e no empreendedorismo, dedicando-se à pecuária. Também, com espírito colaborativo de desportista, vivenciou o esporte nos primórdios da era profissional do Fluminense de Feira. Filho de Joaquim Inácio Pitombo e Julieta da Silva Pitombo, Waldy nasceu nesta cidade em 15 de fevereiro de 1917 e, com o apoio e incentivo dos pais, concluiu com êxito os estudos primários na Cidade Princesa e o segundo grau em Salvador, no Instituto Baiano de Ensino (IBE).
No IBE dedicou-se sobremaneira ao estudo no curso de Química, disciplina pela qual denotava inclinação especial e de tal maneira se aprofundou no estudo da matéria que, durante o período em que frequentava o IBE na capital baiana, ministrava aulas particulares que contribuíam na consecução do seu orçamento, já projetando os estudos superiores que foram sequenciados em Salvador. Ingressando na Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA), foi um aluno dedicado, diplomando-se em Medicina aos 30 anos, em 1948. Mas a busca pela especialização em ginecologia fez-o viajar para a Capital Federal, na época o Rio de Janeiro, onde foi aluno do professor Arnaldo de Morais, considerado uma das maiores autoridades brasileiras na área.
De volta a esta cidade em 1951, casou-se com a senhora Maria Luiza Bahia da Silva, que lhe deu três filhos: Ítala Silva Pitombo, Arnold Bahia Silva Pitombo e Waldy Ronaldo Silva Pitombo. Instalou uma clínica particular com especialidade no atendimento ginecológico, obstetrícia e cirurgia abdominal. Durante cerca de duas décadas foi professor de Química do Colégio Estadual de Feira de Santana e exerceu a medicina no Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) e no Hospital da Santa Casa de Misericórdia – Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA).
Foi também um dos responsáveis pela implantação do primeiro pronto-socorro da cidade, anexo ao HDPA, do qual foi diretor. Como professor catedrático de Química do Colégio Santanópolis e do Colégio Estadual de Feira de Santana, esteve sempre entre as lideranças da cidade empenhadas pela implantação da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Entre 1959 e 1963 exerceu mandato na Câmara de Vereadores do Município pela União Democrática Nacional (UDN), contribuindo com projetos e ideias, uma das quais a canalização das águas do Rio Paraguaçu para abastecer Feira de Santana, o que viria a ser feito posteriormente pelo governo estadual.
Integrante do Conselho da Universidade Estadual de Feira de Santana, em 23 de fevereiro de 1979, com a renúncia do reitor da casa, doutor Geraldo Leite, Waldy Pitombo assumiu a reitoria da instituição até o dia 11 de abril do mesmo ano. Homem dinâmico e de visão, dedicou-se à pecuária com um bom rebanho de bovinos de raça e implantou o Shopping Arnold Silva Plaza na Avenida Senhor dos Passos, onde está o Espaço de Arte Waldy Pitombo. Há ainda uma alameda comercial com o seu nome. Em 1963, quando o Fluminense de Feira de Santana trouxe para esta cidade o título de campeão baiano, tirando-o pela primeira vez de Salvador, Waldy Pitombo integrava o departamento médico do clube tricolor. Waldy da Silva Pitombo faleceu nesta cidade, aos 81 anos de idade, em 13 de janeiro de 1998, e foi sepultado no Cemitério Piedade.
Por Zadir Marques Porto
