
A Comissão de Proteção e Defesa Animal da OAB Subseção Feira de Santana participou, nesta segunda-feira (15), de mais uma operação da Polícia Civil da Bahia para combater os maus-tratos aos animais.
Tratou-se da operação “Guardiões da Vida Animal – Fase 2”, realizada por meio da 1ª COORPIN/Feira de Santana. Equipes da GATTI e da 2ª Delegacia Territorial do Município realizaram diligências em diversos pontos da cidade no âmbito da operação.
Durante as ações, as equipes chegaram a um imóvel aparentemente abandonado, localizado no bairro Brasília, onde foi encontrado um cão sem acesso à água e à alimentação, em evidente estado de vulnerabilidade, extremamente magro e com sinais aparentes de doença, além de local insalubre e inadequado para um animal que já foi contaminado pela cinomose.
Esta é uma doença viral grave e altamente contagiosa que afeta cães, atacando os sistemas respiratório, gastrointestinal e nervoso. Costuma ser fatal e se previne com vacinação.
“Além do nosso apoio, a equipe contou com a participação do Centro de Controle de Zoonoses, da Secretaria de Meio Ambiente e da APA, Associação de Proteção Animal da cidade, bem como do vereador Pedro Américo. Com a atuação em conjunto, foi possível realizar o resgate do animal”, declara Ticiana Sampaio, presidente da Comissão de Proteção e Defesa Animal da OAB Feira.
Ela conta ainda que, no momento da abordagem, os policiais ofereceram água e ração ao cão, que demonstrou extrema debilidade, arrastando-se até o alimento e ingerindo alimento com urgência.
Após o resgate, a tutora do animal compareceu ao local, se identificou e entendeu que tal situação não configuraria maus-tratos, afirmando também que o animal se encontrava debilitado por sequelas da cinomose. Contudo, ao ser indagada sobre o estado em que se encontrava o cão, alegou que havia se mudado para um apartamento e deixado o animal sob os cuidados de um parente, o qual se comprometeu a comparecer ao local onde o animal foi encontrado, a cada dois dias, para fornecer água e comida.
Diante das evidências de maus-tratos, foi dada voz de prisão em flagrante à autora, que foi apresentada à Central de Flagrantes (CENFLAG), onde lavrou-se o Auto de Prisão.
O animal foi apreendido e entregue, mediante termo, à presidente da associação, garantindo sua integridade física e cuidados necessários.
“É muito triste encontrarmos um animal nesta condição de maus-tratos, assim como os desdobramentos da situação que fere uma vida indefesa e resulta na prisão em flagrante. Gostaríamos que a situação não passasse de desavenças entre vizinhos e desejávamos encontrar o animal em boas condições, o que, infelizmente, não aconteceu, e a prisão precisou ser realizada”, lamenta a presidente da comissão.
Ela acrescenta: “Casos como este continuam recorrentes em nossa sociedade, ferindo vidas indefesas e, infelizmente, resultando na cena de horror que vimos hoje. Mas seguimos firmes na defesa, proteção e justiça dos animais”.

