
O Arquivo Público Municipal foi criado em 1978, com a responsabilidade de conservar e armazenar os documentos dos poderes executivo e legislativo do município. Mas, além dos registros administrativos da Prefeitura e da Câmara Municipal que compõem o Arquivo Intermediário, o espaço é um guardião da memória da cidade e de sua população. O chamado Arquivo Permanente ou Histórico reúne documentos em diferentes formatos, como atas, periódicos, projetos arquitetônicos e fotografias que contam o passado de Vitória da Conquista.
O principal objetivo da coordenação do Arquivo Municipal é promover um trabalho de reconhecimento e valorização, como explicou o coordenador Robson dos Santos: “Nós queremos contar a memória das pessoas, para que elas tenham o entusiasmo de vir ao Arquivo Municipal conhecer a sua história. Para eu ter noção do meu presente e planejar o meu futuro, eu tenho que conhecer o meu passado”. Ele ainda destacou a importância da memória: É como olhar a nossa imagem no espelho, a importância de conhecer e saber quantas pessoas importantes, conquistenses e conquistados que colocaram a mão na massa para construir essa extraordinária cidade que nós temos hoje”.
Com quase 10 milhões de folhas documentais, 240 mil plantas arquitetônicas, 32 mil fotos, 20 mil jornais e 500 livros de registro (1893-2000), o espaço é o principal ponto de pesquisa do município e é visitado por estudantes de graduação, pós-graduação e professores. A equipe profissional é composta pelo coordenador, historiador, bibliotecário e um grupo de auxiliares de arquivo que juntos organizam e catalogam toda a riqueza do acervo, e realizam as visitas guiadas passando o conhecimento técnico e histórico para os visitantes.
Há mais de 20 anos, o historiador Jailson Ribeiro trabalha no Arquivo Municipal. Segundo ele, o arquivo é o grande guardador de memórias da região. “O nosso acervo é riquíssimo, ele contém aproximadamente 10 milhões de documentos, e essa é a nossa identidade documental. O meu grande amor é o arquivo, lidar com a memória, com os documentos e prestar esse serviço à população é um prazer”.
- Robson dos Santos
- Jailson Ribeiro
Arquivo Permanente
O “Livro das Marcas de Fogo” é o exemplar mais antigo no acervo de livros de registro. A partir da lei do Intendente Joaquim Correia de Melo, que obrigava o registro de patente das marcas de ferro, o livro servia para a identificação dos gados dos fazendeiros. Já a primeira foto da coleção representa o desfile cívico militar de sete de setembro de 1963, com o prefeito José Pedral Sampaio com componentes da Guarda Municipal. Estão armazenados também os diários oficiais do estado e periódicos encadernados e plantas arquitetônicas, como da tradicional Confeitaria Lindóia.
O Arquivo Municipal fica localizado na Avenida Juracy Magalhães, nº 3902, no bairro Felícia. Ele fica aberto ao público de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Quem tiver interesse em realizar uma visita ou pesquisa pode entrar em contato pelo número (77)3229-3681 ou e-mail: .
- José Pedral em 1963
- Periódicos
- Planta baixa Confeitaria Lindoia

























